ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: AO015

Oral (Tema Livre)


AO015

Potencial Cognitivo auditivo e vectoeletronistagmografia em escolares com dislexia e distúrbios de aprendizagem

Autores:
STENICO, M.B.1, ROMERO, A.C.L.1, OLIVEIRA, A.C.S.1, CAPELLINI, S.A.1, FRIZZO, A.C.F.1
1 UNESP - Faculdade de Filosofia e Ciências-Campus de Marília

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: Indivíduos com alterações de leitura e escrita podem apresentar disfunções visuais, auditivas e vestibular bem como atraso no desenvolvimento das funções perceptuais. Tanto os sistemas auditivos e visuais podem ser avaliados por meio de testes eletrofisiológicos auditivos-Potencial cognitivo, e visuais-vectoeletronistagmografia e são úteis na avaliação de crianças com transtorno de aprendizagem. Objetivos: descrever e comparar os resultados dos potenciais evocados auditivos (N1, P2, N2 e P3) entre os grupos GI, GII e GIII, descrever e comparar os resultados das provas oculares entre os grupos GI, GII e GIII. Método: participaram deste estudo 28 escolares, de ambos os gêneros entre 8 a 11 anos de idade (média de idade de 9,5 anos), do 3º ao 5º ano de escolas públicas municipais de Marília-SP, essas crianças foram divididas em três grupos: Grupo I (GI): 10 escolares disléxicos; Grupo II (GII): 9 com distúrbio de aprendizagem; Grupo III (GIII): 9 crianças sem transtorno aprendizagem. Foi realizada a avaliação do potencial evocado auditivo cognitivo (paradigma oddball - discriminação de frequência e duração) e realizado a avaliação visual por meio da vectoeletronistagmografia. Os dados foram analisados pela estatística descritiva da média, desvio padrão, mínimo e máximo. Na sequência, foram feitas análises comparativas entre os grupos com o Test F-ANOVA. Resultados: No teste do potencial cognitivo auditivo o GI-dislexia apresentou valores de latência mais curtos e amplitudes menores no P2 e P3 – frequência e P3 – duração, o grupo com transtornos de aprendizagem apresentou latência alongada e amplitudes menores no N2 e P3 – frequência e P3 – duração. Na avaliação visual – vectoeletronistagmografia, a comparação das provas de movimentos sacádicos, nistagmooptocinético e rastreio pendular mostrou que nos grupos de disléxicos e com transtorno de aprendizagem o movimento é mais lento no olho esquerdo. Conclusão: houve diferença entre as medidas auditivas cognitivas e visuais entre os grupos de escolares controle, disléxicos e com transtornos de aprendizagem diferença esta que nos permite confirmar os déficits cognitivos auditivos e de percepção visual nas populações clínicas estudadas.

Palavras-chave:
 Potencial Evocado Auditivo Cognitivo, Vectoeletronistagmografia digital, transtornos de aprendizagem