ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P099

Poster (Painel)


P099

ACHADOS AUDIOLÓGICOS DE PACIENTES ADULTOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA

Autores:
PIOTROVSKI, M.A.1, MAGNI, C.1, CONTO, J.D.1,3, GORSKI, L.P.1,2
1 UNICENTRO - Universidade Estadual do Cento-Oeste, 2 UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo, 3 UTP - Universidade Tuiuti do Paraná

Resumo:
Resumo Simples

INTRODUÇÃO: A doença renal crônica (DRC) é a presença de alterações da estrutura ou função dos rins, com ou sem alteração da filtração glomerular, por um período maior que três meses. É bastante conhecido o fato de a cóclea ser extremamente suscetível aos mais variados desequilíbrios metabólicos, os quais são alterações sistêmicas encontradas em indivíduos com a função renal comprometida. Desta forma é bastante plausível que indivíduos portadores de Doença Renal Crônica desenvolvam disfunção coclear, que poderia se manifestar clinicamente através da perda auditiva do tipo neurossensorial. OBJETIVO: Traçar o perfil audiológico dos pacientes com doença renal crônica atendidos em uma Clínica Renal de um Município do interior do Paraná. METODOLOGIA: Participaram do presente estudo 34 indivíduos adultos de ambos os sexos com doença renal crônica. Foram excluídos indivíduos com distúrbios neurológicos e psiquiátricos; com incapacidade para compreender e atender a comando verbal simples; e que não aceitaram assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram realizados os exames de audiometria tonal limiar e timpanometria. RESULTADOS: Os participantes têm idade entre 32 e 84 anos, com média de 59 anos. Quanto ao sexo, 25 (75,86%) eram masculino e nove (24,14%) feminino. O tempo de hemodiálise foi de uma semana a 96 meses, com média de 59,33 meses. Quanto ao resultado da audiometria, a maior ocorrência foi para perdas do tipo neurossensorial encontrada em 20 (58,82%) participantes, seguido de limiares auditivos dentro dos padrões de normalidade encontrados em sete (20,59%) indivíduos, cinco (14,71%) apresentaram perda auditiva do tipo mista e dois (5,88%) apresentaram limiares indicando perda auditiva condutiva. Na timpanometria as curvas mais encontradas, analisando por orelha, foram do Tipo “A” com 46 (71,8%) apresentações, seguida de curva do tipo “As” com 10 (12,5%) ocorrências. CONCLUSÃO: Em portadores da DRC há um predomínio da perda auditiva do tipo neurossensorial evidenciando a importância do acompanhamento audiológico.

Palavras-chave:
 Insuficiência Renal, Audição, Perda Auditiva Neurossensorial