ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P100

Poster (Painel)


P100

Audiometria com Reforço Visual: diferentes transdutores

Autores:
CÂNDIA, C.V.L.3, SANTOS, M.J.D.3
3 FOB - USP - Faculdade de Odontologia de Bauru - Universidade de São Paul

Resumo:
Resumo Simples

Além da detecção precoce da deficiência auditiva, os programas de triagem auditiva neonatal são responsáveis em realizar o acompanhamento da criança com indicadores de risco para deficiência duditiva (IRDA), através da avaliação padrão ouro na Audiologia infantil, a Audiometria com Reforço Visual (VRA). O ideal é a utilização do fone de inserção, no entanto, outros transdutores podem ser utilizados, como o campo livre e fones supra aurais. Nesta revisão de literatura serão descritas as características dos transdutores utilizados no VRA. A revisão crítica de literatura foi realizada nas bases de dados: SciELO, LILACS, Pubmed, Medline, Sistema Dedalus-USP e Google Schoolar. Os descritores utilizados foram: audição, deficiência auditiva, criança, audiometria com reforço visual, fones de inserção, fones supra aurais, avaliação audiológica, campo livre e nível mínimo de audição, em suas diversas combinações, na língua portuguesa e inglesa. Foram selecionados 23 estudos, dentre eles, 20 artigos utilizaram fones de inserção; um estudo com fones supra aurais e dois estudos que realizaram o VRA em campo livre. Os fones de inserção são os mais indicados para realizar o VRA, pois determinam os NMA de cada ouvido separadamente. Em comparação ao uso dos fones supra aurais, este não é mais indicado, o fone de inserção é mais leve, se adapta facilmente no ouvido da criança e seu formato evita o colabamento do conduto auditivo externo. Já em relação a utilização do campo livre, os fones de inserção são superiores pois, ao liberar um estímulo sonoro em campo livre ocorrerá interferência de ondas estacionárias no sinal de teste, além de movimentos de cabeça afetarem a intensidade que incide no ouvido da criança. A utilização do campo livre não deve ser a primeira opção, salvo determinadas crianças e situações clinicas pode ser melhor iniciar o VRA em campo livre e depois colocar o fone de inserção. Os estudos que utilizam campo livre no diagnóstico audiológico infantil são publicações mais antigas, os atuais protocolos nacionais e internacionais apresentam a soberania do fone de inserção no VRA. Um dos únicos pontos negativos do uso do fone de inserção, relatado em um artigo apenas, é interferir na relação operante entre estímulo e reforço, uma vez que pode ser mais difícil para criança relacionar eventos sonoros e visuais quando a imagem perceptual da fonte sonora é intracraniana. Porém este aspecto não afeta de modo significativo à obtenção dos NMA. Em conclusão, a literatura revisada indica a realização do VRA com fone de inserção para o diagnóstico da deficiência auditiva, parte indispensável na rotina clínica de todos os serviços de saúde auditiva.

Palavras-chave:
 audiometria, criança, fone de inserção