ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P123

Poster (Painel)


P123

ANÁLISE DOS RESULTADOS DE UM PROGRAMA DE TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL COM A TECNOLOGIA DE POTENCIAL EVOCADO AUDITIVO DE TRONCO ENCAFÁLICO AUTOMÁTICO (PEATE-A)

Autores:
PANASSOL, P.S.1, BOSCOLO, C.C.1, SIGNORI, L.L.1, FRANZOI, E.B.S.1
1 CSA - Centro de Saúde Clélia Manfro - UNIDADE AUDITIVA

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: A identificação da perda auditiva pela Triagem Auditiva Neonatal (TAN) é essencial para uma intervenção precoce. Atualmente, para a realização da TAN, são recomendados dois procedimentos fisiológicos para a identificação precoce da perda auditiva: as Emissões Otoacústicas Evocadas Transientes (EOAT’s) e o Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico com equipamento Automático (PEATE-A). Por refletir a atividade do nervo auditivo e do tronco encefálico, a sensibilidade do PEATE-A é elevada quando correlacionada a das EOAT’s. Além disso, o PEATE-A é menos afetado pelos fluídos da orelha média, atenuando consideravelmente o número de falso-positivos. Atualmente, o PEATE-A é recomendado em duas situações: para os neonatos com indicador de risco para perda auditiva e quando há falha na triagem com as EOAT. Objetivo: Apresentar os resultados dos exames de PEATE-A obtidos em um programa de Triagem Auditiva Neonatal (TAN) inserido em um serviço de média complexidade na cidade de Caxias do Sul. Metodologia: Este é um estudo observacional, transversal, retrospectivo para analisar os exames de PEATE-A de lactentes, arquivados em um banco de dados no computador do serviço, realizados no período de janeiro a dezembro de 2014, no Centro de Saúde Clélia Manfro – Unidade Auditiva. Resultados: Foram encaminhados para o setor de eletrofisiologia 169 bebês, os quais apresentaram resultado alterado na TAN por meio das EOAT’s no teste e reteste. Destes, 83 (49%) eram do sexo feminino e 86 (51%) do sexo masculino. Do total de lactentes encaminhados para o setor, 26 (15%) não compareceram para realização do PEATE-A. Dos 143 (85%) pacientes que compareceram, 85 (59%) tiveram resultado normal em ambas as orelhas e foram liberados com orientações quanto as etapas importantes no desenvolvimento auditivo, bem como da aquisição e desenvolvimento da linguagem, 32 (22%) obtiveram resultado normal, entretanto foram encaminhados para retorno em 6 meses para monitoramento auditivo por apresentarem algum Índice de Risco para Deficiência Auditiva (IRDA); assim, 117 (82%) dos lactentes apresentaram resultado normal em ambas as orelhas na TAN por meio do PEATE-A, 7 (5%) dos pacientes foram encaminhados para o médico ORL e 19 (13%) tiveram resultado alterado e foram encaminhados para um serviço de alta complexidade. Conclusão: Os resultados apresentados mostram efetividade nos recém-nascidos triados, visto a alta porcentagem de aprovação no PEATE-A. Além disso, destaca-se a relevância do acompanhamento dos pacientes no período da triagem auditiva, com a finalidade de se evitar valores expressivos de abandono. Portanto, é essencial a transmissão de informativos em relação ao diagnóstico precoce da surdez e de métodos empregados para a sua efetuação tanto aos profissio¬nais da saúde envolvidos, como aos pais e gestantes.

Palavras-chave:
 triagem auditiva, Diagnostico, Potencial Evocado Auditivo