ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: AO011

Oral (Tema Livre)


AO011

Diagnóstico audiológico e handicap auditivo no tratamento antineoplásico

Autores:
OLIVEIRA, P.F.1, AZEVEDO, I.M.1, CARMO, T.F.1, JESUS, V.M.1, SANTOS, R.G.S.1, HABIB, N.C.S.1, FERREIRA, G.P.1
1 UFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPEUFS

Resumo:
Resumo Simples

INTRODUÇÃO: Os efeitos dos tratamentos antineoplásicos acometem a saúde em geral, e lesam permanentemente o sistema auditivo. A ototoxicidade pode ser causada pelo uso de medicamentos quimioterápicos ou por substâncias radioativas do tratamento radioterápico. Sendo assim, a perda auditiva decorrente destes tratamentos é caracterizada por acometimento das células ciliadas externas, com lesão inicial das frequências agudas. Os prejuízos se estendem não somente a comunicação mas aos aspectos social, emocional e familiar, gerando limitações funcionais, que são denominadas de handicap auditivo. O diagnóstico da deficiência auditiva é importante, porém avaliar o handicap auditivo possibilita maior sensibilidade na detecção de danos psicossociais oriundos dos problemas auditivos. OBJETIVO: Identificar e caracterizar os casos de perda auditiva e a relação desta com o handicap auditivo dos pacientes submetidos ao tratamento antineoplásico. METODOLOGIA: A presente pesquisa foi aprova pelo comitê de Ética sob o número 33665014.7.0000.5546. O estudo foi realizado com 49 sujeitos, todos com diagnóstico de neoplasia e em tratamento quimioterápico e/ou radioterápico Foi realizada uma breve anamnese, meatoscopia, audiometria tonal limiar convencional e a aplicação do questionário de handicap auditivo (HHIA). A pontuação do questionário é obtida por três opções de resposta: SEMPRE (4 pontos); AS VEZES (2 pontos) e; NUNCA (0 ponto). A classificação do handicap auditivo segue de 0 (ausência de handicap) a 100 (handicap significativo). RESULTADOS: Dos indivíduos avaliados, 28,59% foram diagnosticados com perda auditiva, sendo estes 93,10% do tipo sensorioneural; desses indivíduos, foi constatado que o rebaixamento ocorreu a partir da frequência de 4kHz, com piora em 6kHz e 8kHz. A queixa de zumbido esteve presente em 81,48% dos indivíduos com perda auditiva sensorioneural, com relação estatisticamente significativa entre zumbido e perda auditiva (p=0,03). A maioria da população oncológica pesquisada apresentou ausência de handicap auditivo (85,72%), sendo que o grupo que possui perda auditiva sensorioneural apresentou relação estatisticamente significante para ausência de handicap (p=0,04) e não foi possível observar relação estatisticamente significativa para o zumbido (p=0,36). CONCLUSÃO: Os pacientes portadores de perda auditiva não necessariamente apresentam handicap auditivo.

Palavras-chave:
 Perda auditiva, Radioterapia, Quimioterapia