ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P106

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P106

AVALIAÇÃO AUDITIVA DOS AERONAUTAS DO CENTRO DE LANÇAMENTO DA BARREIRA DO INFERNO

Autores:
SPERI, M.R.B.1, LUANA Celly Silva Alprígio1, ARAÚJO, F.C.M.1, ALBUQUERQUE, G.L.A.2
1 UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2 CLBI - Centro de Lançamento da Barreira do Inferno - Parnamirim/RN

Resumo:
Resumo Simples

Introdução. A exposição repetidas vezes ao lançamento de foguetes expõe os militares ao ruído de impacto de fortíssima intensidade podendo causar efeitos irreversíveis na audição. Inicialmente, tais efeitos podem passar despercebidos, pois acometem as frequências altas e não comprometem a compreensão de fala. No entanto, com a exposição frequente é possível que outras frequências sejam acometidas e provoque a perda auditiva. Desta forma, a detecção precoce desempenha papel importante para que haja prevenção da perda auditiva antes que as alterações sejam perceptíveis e interfiram na qualidade de vida dos sujeitos. Objetivo. O objetivo do estudo foi avaliar a audição dos militares do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno de Parnamirim-RN. Metodologia. A população foi composta por 2 grupos de militares do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno de Parnamirim/RN: G1- militares expostos ao ruído ocupacional e G2 – militares não expostos ao ruído ocupacional. Foram realizados exames de audiometria tonal convencional (ATL), audiometria tonal de alta-frequência (AT-AF) e Emissões Otoacústicas Evocadas Produto de Distorção (EOAPD). Além disso, foram realizadas medições do nível de pressão sonora emitido no momento do lançamento dos foguetes. Resultados. Os achados mostraram limiares auditivos tonais dentro dos padrões de normalidade de 0.5kHz a 8kHz e ausência de alterações significantes nos limiares auditivos obtidos pela AT-AF para ambos os grupos. Em relação aos valores da amplitude das EOAPD foram detectadas alterações principalmente nas frequências de 6 e 8kHz, no entanto sem correlação entre os grupos. Quanto às medições do nível de pressão sonora no momento do lançamento do foguete foram registrados valores de no mínimo 97,2 dB NPS e no máximo 127dB NPS. A ausência de alterações auditivas provenientes da exposição ao ruído de impacto nesta população pode ser atribuída a alguns fatores, tais como a existência de um Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) que tem mantido a exposição ao ruído dentro do permitido pela legislação brasileira, a amostra reduzida, a variabilidade de parâmetros do exame de AT-AF e a dificuldade do controle da exposição a níveis de pressão sonora elevadas em atividades extralaborais.

Palavras-chave:
 audiometria de alta frequência, ruído de impacto, lançamento de foguetes