ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P158

Poster (Painel)


P158

Habilidades de desenvolvimento funcional em crianças com implante coclear

Autores:
SCARABELLO, E.M.3, MORET, A.L.M.2,1, TANAMATI, L.F.1, ZUPELARI, M.M.2,1, ALVARENGA, K.F.2,1
1 HRAC/USP/CAMPUS BAURU - Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, 2 FOB/USP/CAMPUS BAURU - Depto. de Fonoaudiologia Faculdade de Odontologia de Bauru, 3 PG/FOB/USP BAURU - Pós-Graduação Fonoaudiologia Faculdade Odontologia de Bauru

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: O efeito da perda auditiva no desenvolvimento da criança é bastante variado. No entanto, sabe-se que, quanto mais grave a perda auditiva e quanto mais precoce for o seu início, maior impacto ocorrerá na aquisição da linguagem oral. Na deficiência auditiva sensorioneural pré-lingual de grau severo e/ou profundo é amplamente reconhecida a efetividade do Implante Coclear (IC). Mas poucos estudos relatam sobre o desenvolvimento de habilidades funcionais em crianças com perda auditiva, ou seja, a relação da perda auditiva e a capacidade em atividades cotidianas e independência tanto motora quanto social. Objetivo: Este estudo propôs verificar o desempenho de 30 crianças de 3 a 6 anos incompletos usuárias de implante coclear (IC) quanto às habilidades de desenvolvimento funcional em relação à idade na cirurgia e ao tempo de uso do dispositivo. Metodologia: O Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade – PEDI foi usado como instrumento de avaliação. O tratamento estatístico constou de análise descritiva e aplicação do Teste de Normalidade de Kolmogorov-Smirnov e Teste de Correlação de Pearson, com valores de significância p <0,005. Resultados: Os resultados mostraram pior desempenho tanto na parte de Habilidades Funcionais quanto na de Assistência do Cuidador para a área de Função Social, nas quais as pontuações das crianças estudadas se encontraram abaixo do nível de normalidade. Em relação à idade na cirurgia houve correlação negativa para as áreas de Mobilidade e Função Social (tanto para a parte de Habilidades Funcionais – parte I quanto para a parte de Assistência do Cuidador – parte II), ou seja, quanto menor a idade na cirurgia melhor a pontuação da criança para o teste. Conclusão: Os evidentes resultados em relação a área da Função Social demonstram menor nível de capacidade e de independência das crianças estudadas. O domínio desta área requer um certo nível de linguagem em suas mais complexas formas, tanto expressivamente quanto receptivamente. Tais dados corroboram com estudos que encontraram pontuação também menor para crianças nesta categoria avaliada, atribuindo relação expressiva da linguagem oral no funcionamento das habilidades sociais desta população. O conhecimento das habilidades funcionais destas crianças contribui numa grande variabilidade de aplicações clínicas, tendo em vista a discussão de norteamento de intervenções terapêuticas direcionalizadas à essa população. Recomendações da realização de estudos nesta área, indicam uma profunda análise do impacto diário da aquisição da linguagem nas habilidades funcionais dos usuários implante coclear.

Palavras-chave:
 Implante Coclear, Criança, Desenvolvimento global