ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: AO042

Oral (Tema Livre)


AO042

RESULTADOS DE UM PROGRAMA DE TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM 2014

Autores:
SERRA, L.S.M.2, SILVA, I.M.C.1,2, SANTIAGO, A.A.2, LOMBARDI, N.2, MAGALHÃES, B.2, MALTA, D.2, FURIA, C.L.B.1,2, SAMPAIO, A.L.L.1,2, VENOSA, A.R.1,2
1 UNB - Universidade de Brasília, 2 HUB - Hospital Universitário de Brasília

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: Estima-se que 3,3% da população brasileira apresente algum tipo de deficiência auditiva. O Ministério da Saúde lançou mão de portarias que estruturam a forma de atendimento do portador de deficiência auditiva, o que inclui programas de detecção, diagnóstico da perda auditiva, além de doação de dispositivos eletrônicos devidamente testados e adaptados à necessidade do indivíduo e sua reabilitação. Há, portanto, garantia do direito do recém-nascido passar por uma avaliação audiológica de rastreio, triagem auditiva neonatal. Caso haja algum resultado não satisfatório nesse procedimento rápido, fica assegurado também o diagnóstico audiológico, realizando-se bateria completa de avaliação. Implementar um programa de triagem auditiva neonatal em hospital público implica uma série de desafios para que se execute universalmente a triagem e para que se garanta a adesão dos pais aos retornos necessários para retestes ou para a execução da avaliação diagnóstica. Objetivos: Este trabalho visa apresentar os resultados dos testes e retestes, assim como o número de casos com diagnóstico de perda auditiva fechado após um ano de serviço, conforme prescrito na portaria da saúde auditiva. Método: Participaram desta análise todos os bebês avaliados com o teste de emissão otoacústica transiente, no período de abril a dezembro de 2014, na maternidade e ambulatório de um hospital universitário. Levantou-se o total de testes a cada mês, faixa etária do bebê no momento do primeiro teste, fatores de risco, resultados considerados normais e alterados nos testes e retestes e total de diagnósticos fechados. Resultados: Das 1149 crianças triadas no serviço de abril a dezembro de 2014, 57,75% estavam na faixa etária 1 (até 1 mês de vida). Esse valor aumenta para 85%, quando contabilizados apenas os bebês nascidos no próprio hospital. Do total de triagens realizadas, 33,33% dos bebês estavam na faixa etária 2 (até 3 meses de vida) e 8,91% (estavam na faixa etária 3 (mais que 3 meses de vida). Apenas nos meses de novembro e dezembro, 90% dos bebês foram triados antes do primeiro mês de vida. Do total de crianças triadas, 4,87% necessitaram e compareceram ao reteste e 1,48% foi submetido à bateria de avaliação diagnóstica. Todas as crianças que falharam no primeiro teste compareceram ao reteste. O reteste confirmou resultado alterado em apenas 33,93% dos casos, os demais passaram no reteste . Dos 1149 bebês, apenas 21 apresentavam um ou no máximo três fatores de risco para deficiência auditiva, sendo os mais frequentes a permanência em UTI e a prematuridade. Conclusão: O programa apresenta uma taxa de encaminhamentos para reavaliação e para diagnóstico dentro do preconizado como indicador de qualidade. No entanto, no quesito faixa etária do exame, o serviço recebe muitas crianças de outras maternidades, o que aumenta a idade do bebê no momento da triagem. O preconizado pelos indicadores de qualidade é que nos 6 primeiros meses após a implementação do programa, 95% dos bebês sejam triados antes do primeiro mês de vida.

Palavras-chave:
 triagem auditiva neonatal, audição, programa de triagem