ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P068

Poster (Painel)


P068

TESTE DE FALA COMPRIMIDA EM CRIANÇAS DE 9 E 10 ANOS

Autores:
NAPPI, B.P.1, PINHEIRO, M.M.C.1, SCHARLACH, R.C.1
1 UFSC - Universidade Federal Santa Catarina

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: O processamento auditivo envolve a capacidade de ouvir e compreender os sons, porém, esta tarefa só é possível se as habilidades auditivas estiverem preservadas. Dentre as habilidades existentes, destaca-se aqui a de fechamento auditivo, que envolve a detecção da mensagem auditiva quando parte é omitida. O Teste de Fala Comprimida é sensível para avaliar o fechamento auditivo e existe há mais de 30 anos. Em 2007 o material foi padronizado para o português brasileiro para a população adulta, usando-se a taxa de compressão eletromecânica de 60%. Objetivo: Analisar as respostas do Teste de Fala Comprimida em crianças com idade entre 9 e 10 anos. Metodologia: O Teste de Fala Comprimida para palavras dissílabas com taxa de compressão de 60% foi aplicado em crianças com idade entre 9 a 10 anos, estudantes de um colégio público da cidade de Florianópolis. Todas as crianças apresentaram audição normal, avaliação do processamento auditivo dentro da normalidade e não tinham queixas escolares. Os resultados foram analisados segundo as variáveis sexo, idade e orelha. Além disso, foi realizada uma análise qualitativa dos erros apresentados no teste. Resultados: As crianças de 9 anos apresentaram um desempenho médio de 84,57% na orelha direita e 82,57% na orelha esquerda e as crianças de 10 anos tiveram desempenho médio de 84% na orelha direita e 84,25% na orelha esquerda. Indivíduos do sexo feminino tiveram como média 83,3% na orelha direita e 83,33% na orelha esquerda e os indivíduos do sexo masculino tiveram uma média de acertos de 86% na orelha direita e 83,67% na orelha esquerda. O desempenho entre as orelhas na população estudada foi de 84,27% na orelha direita e 83, 47% na orelha esquerda. Os erros mais comuns nas palavras do teste para a idade de 9 anos foram Pago (78,6%), seguida das palavras Calha (71,4%), Tombo (64,3%), Caro (57,1%), Valsa (57,1%), Zelo (57,1%), Data (50%), Flauta (50%) e Grito (50%). Na idade de 10 anos, as duas palavras com maior percentual de erros foram Data e Pago com 68,6% de erros cada uma, seguidas pelas palavras Caro (56,8%), Cravo (56,8%), Tombo (56,3%), Cedo (50%), Calha (43,8%) e Pato (43,8%). Conclusão: Não foram evidenciadas diferenças estatisticamente significantes entre o desempenho no teste e as variáveis idade, sexo e orelha. As trocas fonêmicas mais frequentes ocorreram primeiramente entre os plosivos (56,25%) e o fonema tepe (54,54%), pois estes fonemas apresentam características curtas e rápidas e com a compressão tornam-se de difícil inteligibilidade, depois os laterais (33,33%), fricativos (21,42%) e nasais (11,11%). As vogais praticamente não apresentaram trocas devido às suas características acústicas.

Palavras-chave:
 Percepção de fala, Testes auditivos, Criança