ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: AO047

Oral (Tema Livre)


AO047

Habilidades de resolução temporal em músicos e bailarinos profissionais

Autores:
OLIVEIRA-BARRETO, A.C.1,2,4, OLIVEIRA, M.F.F.3, SILVA, S.G.3, OLIVEIRA, P.F.1, SILVA, D.R.O.3, MENEZES, P.L.3, PEREIRA, L.D.2
1 UFS - Universidade Federal de Sergipe, 2 UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo, 3 UNCISAL - Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 4 CNPQ - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológic

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: A música exerce importância no desenvolvimento cerebral e no processamento dos sons sequenciais, no ritmo e na atividade do giro temporal e do lobo frontal demonstrando a existência de uma relação entre o ritmo musical e o processamento temporal. A música nos faz mover e o ato de sentir o ritmo é um processo interativo: ouvir um ritmo evoca o movimento físico e a estimulação vestibular resultante também influencia a interpretação auditiva do ritmo. Em outras palavras, não apenas o ritmo musical ativa áreas motoras do cérebro, mas o movimento pode melhorar a audição. Dentre as habilidades envolvidas na música, temos a resolução temporal, que é a percepção de um intervalo de tempo em que o indivíduo discrimina dois sons. Objetivo: Comparar a habilidade de resolução temporal entre músicos, bailarinos e controle (não-músicos e não bailarinos). Metodologia: A amostra foi composta por 90 sujeitos, faixa etária entre 18 e 35 anos, sendo 30 por grupo (músicos – G1, bailarinos-G2 e controle-G3), pareados por gênero, idade e anos de escolaridade. Deveriam ser incluídos, no estudo, apenas sujeitos destros e sensibilidade auditiva normal, sem histórico de alterações auditivas e/ou vestibulares e sem alterações de processamento auditivo (central). Especificamente, cada grupo, foi constituído com base em: G1- Apresentar, no mínimo, três anos de educação musical profissionalizante e não praticar dança de forma frequente e/ou ser percussionista;G2- Ter, pelo menos, três anos de prática da dança (ballet) profissional;G3- Não ser profissional da musica e da dança caracterizados por autodeclaração segundo a exposição frequente ou eventual a música.Realizou-se avaliação audiológica básica e o testeGaps-in-Noise (GIN) (MUSIEK et al., 2004), sendo este realizado com intensidade de 50 dB NS (de acordo com a média tritonal de 500, 1000 e 2000 Hz), de forma monoaural. Os dados foram processados pelo o software SPSS 17.0 e utilizados o teste Kruskal Wallis ou o Teste ANOVA (Tukey). Os valores foram considerados significativos para p ≤ 0,05 e o valor de alfa admitido foi de 0,1. Resultados: Para os três grupos estudados (músicos, bailarinos e controle), não houve diferença significativa,entre as idades, e para a análise do teste GIN entre as orelhas direita e esquerda(p ≤ 0,05). Ao se comparar os dados do teste GIN entre grupos, verificou-se que os músicos apresentaram menor limiar de gaps no teste GIN (4,92±1,93), seguido dos bailarinos (5,47±2,82) e do controle (5,57±2,02). Contudo, para a variável percentual de acertos médios, houve maior quantidade para os bailarinos (68,77%±16,68%), seguidos do controle (68,66%±11,91%) e dos músicos (67,99% ±13,55%).Não foram verificadas diferenças significativas entre os grupos, na análise dos parâmetros limiar de gap (p igual a 0,36) e percentual médio de acertos (p=0,95).Conclusão: Observaram-se menores limiares de gaps no teste GIN para os músicos, seguido dos bailarinos e do grupo não-músicos e não bailarinos; contudo não foram encontradas diferenças significativas entre esses grupos.

Palavras-chave:
 Audição, Percepção Auditiva, Testes Auditivos/Métodos