ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P121

Poster (Painel)


P121

Potenciais evocados auditivos corticais em usuários de Vibrant Soundbridge®

Autores:
VENTURA, L.M.P.1,2, ALVARENGA, K.F.1, LOURENÇONE, L.F.M.1,2, COMERLATTO JUNIOR, A.A.1, MENDES, K.C.B.1, BRITO NETO, R.V.2,1
1 HRAC - USP - Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - USP., 2 FM - USP - Faculdade de Medicina - USP

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: Os potenciais evocados auditivos corticais - complexo P1, N1 e P2 fornecem dados objetivos sobre a funcionalidade das estruturas corticais auditivas e, desta forma, podem refletir o período maturacional do sistema nervoso auditivo central. Ressaltam-se aqui, os estudos eletrofisiológicos realizados com usuários de implante coclear que têm demonstrado o efeito da privação sensorial no desenvolvimento das estruturas do sistema auditivo, por meio da estimulação propiciada por este dispositivo eletrônico. Quanto aos indivíduos com atresia de orelha bilateral, portadores de perda auditiva condutiva ou mista, usuários de próteses auditivas de orelha média, não são encontrados na literatura estudos que abordem a maturação das estruturas centrais do sistema auditivo nesses indivíduos. Objetivo: Descrever de forma longitudinal o potencial evocado auditivo cortical em usuários de Vibrant Soundbridge® (VSB) por meio destes potenciais. Método: estudo de caso de dois indivíduos do sexo masculino, de 25 anos de idade (indivíduo 1) e 14 anos e 9 meses (indivíduo 2), portadores de perda auditiva condutiva bilateral de grau moderado, usuários de VSB, em dois momentos: na ativação e com três meses de uso do dispositivo. Foi utilizado o equipamento Smart EP USB Jr da Intelligent Hearing Systems de dois canais, sendo um (canal A - Cz/Oz) destinado à captação dos potenciais evocados auditivos de longa latência e outro (canal B - supra/infra-orbital, posicionado contra-lateral ao lado implantado), para o registro do artefato gerado pelo movimento ocular, visando o seu controle. O eletrodo terra foi colocado em Fpz. Os potenciais foram registrados com os indivíduos em estado de alerta, assistindo a um vídeo mudo, com estímulo acústico /da/ apresentado por meio de caixa acústica posicionada lateralmente à orelha implantada, na intensidade de 80 dBNA. Resultados: O complexo P1-N1-P2 foi registrado nos dois casos avaliados. Para o indivíduo 1, os valores de latência do componente P1 foram de 58ms e 52ms, do componente N1 de 129ms e 127ms e do componente P2 de 194ms e 178ms, na ativação e com três meses de uso do VSB, respectivamente. Para o indivíduo 2, os valores de latência do componente P1 foram de 62ms e 50ms, do componente N1 de 115ms e 113ms e do componente P2 de 174ms e 194ms. Conclusão: Os valores de latência encontrados nestes dois casos são condizentes com os achados na literatura para indivíduos com audição normal, nos dois momentos de avaliação.

Palavras-chave:
 Implante de Prótese, Potenciais evocados auditivos, Orelha média, Perda auditiva condutiva, Anormalidades