ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P064

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P064

DESEMPENHO AUDITIVO E BENEFÍCIO EM CRIANÇAS USUÁRIAS DE IMPLANTE COCLEAR MULTICANAL ANTES E APÓS A ATUALIZAÇÃO DOS PROCESSADORES DE FALA

Autores:
MANTELLO, E.B.1, GONÇALES, A.S.1, SILVA, C.D.1, QUEIROZ, C.A.U.F.1, COSTA, D.S.F.1, OLIVEIRA, A.1, MASSUDA, E.T.1, ISAAC, M.L.1, HYPPOLITO, M.A.1, REIS, A.C.M.B.1
1 HCFMRP-USP - Hospital das Clínicas da Fac. de Medicina de Ribeirão Preto

Resumo:
Resumo Simples

Introdução. Com o desenvolvimento tecnológico, os processadores de fala dos implantes cocleares trazem benefícios importantes como menor consumo de bateria, maior conforto e funcionalidade para as atividades de vida diária e melhor aceitação social, uma vez que estão se tornando cada vez menores. Entretanto, a principal vantagem desta atualização parece estar relacionada à melhora dos limiares de audibilidade e da percepção de fala dos usuários de implante coclear. Objetivo. Avaliar o desempenho auditivo e o benefício de crianças usuários de implante coclear multicanal antes e após a atualização dos processadores de fala. Metodologia: Trata-se de um estudo prospectivo transversal, aprovado pelo comitê de ética da instituição envolvida, número 5218/2013. Participaram 12 crianças usuárias de implante coclear que foram submetidos a atualização dos processadores de fala Sprint ou 3G para Nucleus 5. Foi realizada pesquisa dos limiares auditivos em campo livre e aplicado o questionário “The Parent´s Evalution of Aural/Oral Performance of Children” (PEACH) com os pais, antes da troca dos processadores e após 3 meses de uso dos novos processadores. Para análise estatística aplicou-se o teste t-Student e o coeficiente de correlação de Spearman. O nível de significância considerado foi de 5%. Resultados: A média de idade dos pacientes foi 11,36 anos. A média dos limiares auditivos em campo livre pré troca dos processadores foi de 38.44 e pós 35.91 (p valor = 0.46). Em relação ao PEACH, o escore total não foi considerado significante, sendo a média dos escores pré troca de processador 28.0 e pós 30.5 (p valor = 0.057). As subescalas silêncio e ruído também não apresentaram resultados significantes na comparação pré e pós (p valor = 0,23 e 0,11). As correlações entre subescalas e o escore total do PEACH foram consideradas fracas ou moderadas quando comparadas com as frequências do campo livre, exceto para as frequências de 3 e 4 KHz com a subescala ruído, que teve correlação boa (-0.54 e -0.51, respectivamente). Conclusão: Embora tenha se observado que a atualização dos processadores foi benéfica tanto na melhora dos limiares auditivos em campo livre, quanto no benefício observado pelos pais por meio do questionário PEACH, neste trabalho não encontrou-se resultados significantes. Sugere-se aplicar a mesma metodologia em uma amostra maior, para verificar se existe maior variabilidade destes resultados.

Palavras-chave:
 PERCEPÇÃO AUDITIVA, IMPLANTE COCLEAR, QUESTIONÁRIOS, CRIANÇAS